sábado, 18 de maio de 2013

"Novelas de Cavalaria" e "Cantigas de Amor"

Oi pessoal, nesses dias eu estava pesquisando sobre as novelas que ja passaram na televisão e vi as novelas de cavalaria, elas surgiam na Inglaterra ou na França na época do Trovadorismo, pelo que eu sei elas são narrativas literárias ou seja narram grandes disputas de heróis e grandes romances. Nelas havia canções de gesta (poema), que começaram a se tornar tão grandes que em vez de serem cantadas começaram a ser lidas. Dentre as novelas mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”, onde suas matérias principalmente a da novela  "Amadis de Gaula" se tornavam grandes "Romances de Cavalaria" que foram até melhoradas  por Miguel de Cervantes em Dom Quixote.

                            

Na mesma época do Trovadorismo teve várias cantigas de amor que é quando o eurílico masculino sofre por uma mulher que ele não pode ter, um amor nunca consumado, nelas o cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível, nunca conseguindo conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita sua canção. As canções se origináram da Provença, no sul da França. Essa época foi chamada de Trovadorismo pois quem escrevia os poemas e as melodias eram os trovadores. A seguir veja uma letra das canções de amor:
                                 
"A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
          se non dade-me-a morte.
         A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
          e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
          se non dade-me-a morte.
          Essa que Vós fezestes melhor parecer
          de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
          se non dade-me-a morte.
          A Deus, que me-a fizestes mais amar,
                    mostrade-me-a algo possa con ela falar,
                    se non dade-me-a morte." 
                    
                                     de Bernardo de Bonaval
Também há " A Cantiga da Ribeirinha" ou "Cantiga de Guarvaia" em língua Galaico Portuguesa é o primeiro texto literário de que se tem registro. Ela foi composta provavelmente em 1198, por Paio Soares, e recebeu esse nome por ter sido dedicada a D. Maria Pais Ribeira, concubina de Sancho I de Portugal, apelidada de "Ribeirinha". Aqui mostro para vocês a canção:
No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!

E, mia senhor, des aquel di', ai!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
Nunca de vós ouve nem ei
valía d'ũa correa.

Opinião: Eu gostei muito das novelas de cavalaria, pois nelas você que não tem muito envolvimento com guerras ou grandes heróis fica sabendo como eles vivem, que eles tem vida também,que são iguais a todos,que sentem amor e que sofrem por ele.Gostei da ideia da novela se basear em narrativas literárias, acho que atualmente poucas pessoas se interessam por esse tipo de coisa ou não tem tempo para ler, onde com elas, podem saber disso em um instrumento que gostam "novela".Achei legal também as cantigas de amor, elas retratavam o amor, a coisa mais importante para o ser humano, pois as coisas boas só são possíveis se você souber amar, então com elas as pessoas podiam curtir um belo som de amor na época do Trovadorismo.

Um comentário:

  1. O poema de Bernardo de Bonaval, não é cantiga de cavalaria, é uma cantiga de amor, cantiga de amor é quando o eulirico masculino sofre por uma mulher que ele não pode ter, seja por ele ser um nobre e ela não e por ai vai, é o amor nunca consumado.

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